Procuro mas não encontro...

Não é do meu hábito, aliás, nem tão pouco me recordo do dia em que me entreguei ao álcool como o fiz na passada noite. O certo é que não de propósito mas todo um conjunto de situações propiciou o exagero na ingestão de umas cervejas...

Se uns dizem que ajuda a esquecer, pelo menos momentaneamente, eu não o consegui de forma nenhuma e o nome dela teimava em aparecer no fundo de cada copo... quanto menos liquido tinha, mais nítido ficava.

Decididamente o álcool para mim como "ajuda" não funciona, não desaparecem as ânsias, os desejos e claro com o avançar da hora (e dos copos) as coisas começam a entrar num campo em que eu não me recordo mesmo de alguma vez ter estado. Aquilo que sempre tive mais que é o controlo das minhas emoções, perdeu-se algures no meio dos copos, luzes e musica.



Dei por mim sozinho no carro (felizmente encontrava-me a escassas centenas de metros de casa) a escrever um longo texto para a pessoa amada que naturalmente no meu estado normal jamais o faria. Mais uma vez, acabei por dar mostras de todo o amor que sinto por ela e que de alguma forma, independentemente do que se estava a passar eu estaria ali à espera dela para quando ela assim desejasse.
Escusado será dizer que ao acordar tinha uma mensagem dela para lhe ligar assim que fosse possível. Coisa que fiz...

Com tudo o que escrevi as coisas não poderiam ter sido de outra forma. Nem tenho forma de explicar como me senti por ter mostrado uma vez mais que nada do que ela faça me consegue afastar definitivamente...

Fico desiludido comigo mesmo... se alguma coisa eu havia de dar neste momento, era espaço... um afastamento total e não consigo nem com a "ajuda" de algo que muitos dizem ser o ideal para umas horas "livres" de problemas da vida.

Está mais que visto que comigo pouca coisa funciona. Raio de amor este que não me abandona...